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02/01/2011

AIDS e Grupos de Ajuda Mútua

Ajudua Mutua e solidariedade

No Brasil, a exemplo de outros países, o terrorismo causado pelas inverdades espalhadas sobre esta doença – tipo “todo soropositivo vai desenvolver AIDS” e “todo portador de AIDS vai morrer a curto prazo”- está sendo vencido, ainda que num ritmo lento. Isso, na medida em que os soropositivos procuram ajuda, informando-se em fontes seguras (o que, definitivamente, não inclui a mídia sensacionalista) e agrupam-se para trocas de experiências, traçarem planos de apoio mútuo e brigar por uma melhor qualidade de vida e pela oportunidade de trocar figurinhas com outras pessoas que passaram e passam pela mesma situação.
Destes grupos, participam pessoas que não acreditam estar sentenciadas à morte por um simples diagnóstico de HIV ou AIDS, bem como voluntários que desejam participar desta luta e contribuir para a extinção do preconceito que ainda cerca essa epidemia. Gente que perdeu amigos, parentes ou companheiros de vida, une-se, para compartilhar ânimos, derrotas e conquistas, com quem literalmente sente no sangue a realidade da AIDS. Numa opção consciente pela vida, essa pessoas tem a oportunidade de modificar suas atitudes, estabelecer novos valores e novas prioridades. Com isso, amadurecem suas idéias a respeito da, até então impensada, morte.
Os grupos de ajuda mútua e mesmo a formação e consolidação da RNP+ em todo o território brasileiro são uma resposta dos soropositivos às entidades que vivem da indústria da AIDS, ou seja, que canalizam recursos financeiros de organismos internacionais em prol de projetos de prevenção e assistência (assistencialismo na grande maioria) às pessoas vivendo com HIV e AIDS. A verdade é que muitas entidades ainda realizam projetos, usando alguns portadores com fins meramente assistencialistas e caritativos, apenas para justificar a própria captação de recursos. Em nenhuma instância promovem a dignidade do ser humano soropositivo ou permitem-lhe gerir seus projetos. Ao contrário, contribuem para a vitimização da pessoa que vive com HIV/AIDS, pois ela sempre será vista como o(a) coitadinho(a), que tem que ser posto no colo o tempo todo e a quem jamais se cobrará uma atitude construtiva diante da vida e do futuro. À vítima da AIDS só sobra o direito de reclamar, ganhar remédios e uma cesta básica.
Uma organização séria e decente é aquela que acolhe o soropositivo com afeto e solidariedade, permanece do seu lado em sua luta contra a doença e os males sociais advindos com o seu diagnóstico, mas sobretudo, procura através de ações concretas promover o resgate da sua auto-estima, da sua habilidade em lidar com os limites impostos pela doença, a consciência dos seus direitos fundamentais e dos seus deveres. A esmola não dignifica ninguém, portanto é necessário proporcionar ao soropositivo a chance de equilibrar-se interiormente, investir em sua vida profissional, capacitá-lo para possíveis adaptações no campo profissional ou o seu retorno ao mercado de trabalho. Doação de cestas básicas pode até ser absolutamente necessárias dentro de um programa de apoio ao soropositivo carente, mas o que mais se observa na maioria das ONGs que se propõem a assistir a pessoa vivendo com HIV/AIDS é uma política de cestabasicoterapia e fornecimento de remédios. Só.

Mais informações sobre isso podem ser adquiridas no meu livro “Grupos de Ajuda Mutua Para Pessoas Vivendo com HIV-AIDS”, publicado pela Coordenação Nacional de DST-AIDS www.aids.gov.br e disponivel para download no meu site.

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