Memória e Resistência no 17 de maio
A cada minuto, uma vida é perdida para o HIV/AIDS no mundo. A cada hora, alguém parte em nosso país. Mas essas estatísticas não são apenas números—são histórias interrompidas, vidas apagadas, sonhos que nunca se realizaram.
Representantes da RNP+AM : Rafael Arcanjo, Fabiano Soares e Henrique Neves.
Em Manaus, neste 17 de maio, no Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, a Secretaria Tripla da RNP+AM (Executiva, Comunicação e Política) articulou e potencializou a realização, pela primeira vez no Amazonas, do Candlelight AIDS—um ato de memória, de luta e de resistência. Com o apoio do Centro Cultural Casarão de Ideias, o evento contou com a presença da presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), do Conselheiro Federal de Farmácia, do Professor Doutor Vinícius Machado, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), dos alunos do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Qualitativas, incluindo o aluno de doutorado Diego Rafael, que compõe a representação da RNP+AM, e da Casa Ballroom, representada pela Mãe Raposa, reforçando a importância do engajamento das instituições de saúde, educação e cultura na luta contra o HIV/AIDS e no combate à LGBTfobia.
Há mais de 10 anos, o Amazonas está entre os estados da federação com maiores índices de infecção e mortalidade por AIDS, evidenciando a urgência de políticas públicas eficazes, acesso universal à saúde e o fim do preconceito que ainda impede muitas pessoas de buscar tratamento.
Vivemos em uma era de avanços tecnológicos capazes de garantir que todas as pessoas possam viver plenamente, com qualidade e dignidade. No entanto, o preconceito e o estigma continuam vencendo pela desinformação e pela falta de vontade política. A ausência de campanhas públicas que promovam o conceito de “Indetectável = ZERO”, que salva vidas e REDUZ A ZERO a transmissão do HIV, revela o descaso na luta contra a epidemia.
Agradecemos a todas as pessoas que tiraram um pouco do seu tempo neste sábado para somar conosco, trazendo força e visibilidade para essa luta essencial. Cada presença, cada vela acesa, e cada palavra compartilhada fazem a diferença.
O HIV é problema de todos nós. Precisamos de políticas públicas comprometidas, de informação acessível e de respeito. A AIDS não pode ser esquecida, e quem vive com HIV merece dignidade, saúde e vida plena.
NÓS SOMOS POUCOS, MAS COM SUA AJUDA PODEMOS SER MUITO MAIS!
O Candlelight Memorial AIDS não é apenas uma vigília—é um grito por justiça. Acendemos nossas velas pelos que partiram e pelos que seguem lutando. Neste 17 de maio, reafirmamos que não esqueceremos, não nos calaremos e continuaremos exigindo saúde, dignidade e respeito.
Acenda uma vela. Lembre-se. Lute.
