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22/02/2015

Diálogo para salvar vidas, não para diminuir números

Por Jair Brandão (*) – Estamos vivenciando momentos super delicados e complicados para nosso País. Principalmente no que diz respeito ao enfrentamento à AIDS. Não quero aqui repetir o que já foi exposto em vários documentos e mensagens por ativistas e que todo/as estão acompanhando. Quero ser bem objetivo e propositivo.
Necessitamos com URGÊNCIA, repensarmos nossas estratégias e formas de discordar sobre as iniciativas que estão sendo impostas por uma área do Ministério da Saúde. Não podemos continuar cometendo erros que estão se repetindo nesses dois últimos anos, onde continuamos “brigando” entre nós, nos fragilizando e fortalecendo um gestor que está aproveitando desse dissenso do movimento para utilizar de atitudes nada diplomáticas, nem políticas; desqualificando em alguns momentos o movimento AIDS. Estamos nos envolvendo num “jogo” em que pessoas da gestão nos “empurra” uma ação e o movimento, no lugar de discutir com o governo, fica se digladiando entre si e deixando “passar” iniciativas não dialogadas com o movimento social, enquanto “a fogueira queima” entre ativistas que deveriam usar suas “tochas” para defender políticas para o coletivo e não para si mesmos.
Não acho que deveríamos perder tempo discutindo nova composição de comissões que ao meu ver não trouxeram resultados que impactaram positivamente a resposta à AIDS no Brasil. Só servem para “brigas” e “intrigas” entre os próprios ativistas. Muito contraditório isso!
Hoje precisamos fazer uma reflexão sobre a atual conjuntura política do nosso País e nos posicionarmos ENQUANTO COLETIVO, visibilizando e expondo nossa critica sobre A POLÍTICA NACIONAL DE AIDS DESTE GOVERNO de forma propositiva e não sobre posicionamentos de uma determinada área que somente vem instigando ativistas a ficarem discutindo de forma destrutiva e personalista.
Nosso foco de diálogo tem de ser com um governo que respeite e não desqualifique o movimento social, que saiba de fato e de direito o que significam as palavras DEMOCRACIA, REPRESENTAÇÃO, LEGITIMIDADE E DIREITO DE EXPRESSÃO.
Temos que expor o que não concordamos na Política e não de quem não aceitamos na política. Nosso ativismo tem que ser por uma Campanha que defenda uma Política de AIDS Integral e com a participação social (Política de Estado) e não de uma Política “pessoal” e que trata as pessoas por partes e números.
Vamos refletir no que estamos fazendo com o nosso movimento e colocar nossas discordâncias políticas nos nossos ERONGs e ENONG. Vamos focar em proposições que contemplem a necessidade de milhares de pessoas que vivem e convivem com HIV e que sofrem diretamente os impactos dessas violações que deveriam ser iniciativas pensadas para salvar vidas e não somente para diminuir números.
(*) Jair Brandão de Moura Filho é ativista do Movimento Social de Luta contra a AIDS no Brasil, Assessor de Programas da Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, Secretário Executivo da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose, membro do Colegiado Nacional e Regional da RNP+ Brasil, membro da Comissão Nacional de DST, Aids e HV/MS, membro da Comissão de Aids, TB e HV do Conselho Nacional de Saúde, Conselheiro Estadual de Saúde de Pernambuco, membro do Comitê Técnico de Saúde Integral da População LGBT de Pernambuco.
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