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08/03/2020

O MACHISMO MATA – nota da RNP+BRASIL em alusão ao Dia Internacional da Mulher

Toda caminhada tem um ponto de partida. Então, para percebermos aonde estamos precisamos constantemente lembrar de onde viemos. Rememorar o início da caminhada pode ser dolorido, mas é necessário. Hoje a RNP+BRASIL te convida a fazer uma viagem conjunta, pois cada mulher tem suas próprias trilhas, mas nada que te impeça de embarcar simultaneamente.

O machismo de cada dia é fator predominante desde a infância, mesmo em famílias majoritariamente femininas. Isso lembra que grande parte das famílias brasileiras são compostas de pais biológicos ausentes.

Muito cedo é preciso enfrentar o abuso infantil de familiares e pessoas próximas e “acima de qualquer suspeita” que deveriam dar proteção, o que dá início a uma vida sexual precoce e sem conhecimento efetivo de prevenção às IST e ao HIV/AIDS e que muitas vezes resulta em gravidez indesejada e evasão escolar.

A LGBTfobia empurra mulheres cisgênero, transexuais, travestis e homens trans para as ruas, colocando-as à margem da sociedade e expostas mais ainda a todo tipo de abusos.

As oportunidades de trabalho são oferecidas quando e apenas se o salário das mulheres for nivelado abaixo dos ganhos dos homens.

O racismo estrutural potencializa todas estas violações de direitos.

O feminicídio é o ponto final da trilha de milhares de mulheres todos os anos!

E em pleno 2020, começo da terceira década do Século 21, temos um governo que retira da Caderneta de Saúde de Adolescentes as ilustrações que ensinam o uso do preservativo externo (“masculino”). Observe que já temos o preservativo interno (“feminino”), que também não consta na tal caderneta, além do mesmo ter sido adquirido em látex, material que expõe mulheres e transexuais a alergias e complicações de saúde.

Ser MULHER é estar no alvo das vulnerabilizações desta sociedade construída sob a égide da objetificação e da servidão feminina.

Ser MULHER VIVENDO COM HIV/AIDS é acrescentar estigma, preconceito e discriminação a todas estas vergonhosas realidades a que somos obrigadas a enfrentar desde sempre!

Corpos positHIVos sofrem com o atendimento médico não humanizado e violências obstétricas.

Nossas crianças ainda adquirem HIV pela transmissão vertical apesar de haver um protocolo eficiente, porém não efetivamente implementado.

Os direitos sexuais e reprodutivos são vistos pela sociedade como impróprios e ainda assim ousamos continuar exercendo nossa sexualidade.

Independentemente das lutas que travamos, das marcas que carregamos, de nossa aparência física, bagagem cultural e intelectual, somos aquelas que levantamos nossas vozes para mudar esta sociedade.

HOJE É DIA DE LUTA!

NÃO IREMOS NOS CALAR!

O MACHISMO MATA: infâncias, esperanças, protagonismos, vozes e corpos. E também nos mata de AIDS!

 

RNP+BRASIL, 8 de março de 2020.

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